domingo, 8 de janeiro de 2017

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Exército dos EUA promete intensificar treinamentos na Europa para deter Rússia




BREMERHAVEN (Reuters) - O Exército norte-americano prometeu neste domingo aumentar o alcance e a complexidade de suas atividades de treinamento na Europa para deter agressões por parte da Rússia.

"Deixe-me ser claro: Esta é uma parte de nossos esforços para deter a agressão russa, garantir a integridade territorial de nossos aliados e manter uma Europa que é unida, livre, próspera e em paz", disse o tenente-general das Forças Aéreas dos EUA Tim Ray, vice-comandante do Comando Europeu dos EUA, em comentário.

Ray sublinhou o "sólido comprometimento dos Estados Unidos com a Europa" no porto alemão de Bremerhaven, na Alemanha, onde chegaram nos últimos dias cerca de 2.800 peças de equipamento militar que serão usadas por cerca de 4 mil tropas operando em Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) próximos à Rússia.

A concentração dos EUA e da Otan no leste europeu ocorre dias após agências de inteligência norte-americanas acusarem o presidente russo Vladimir Putin de ordenar um esforço para aumentar as chances eleitorais do republicado Donald Trump ao descreditar a democrata Hillary Clinton na campanha presidencial de 2016.

Ray afirmou que os cerca de 70 mil soldados norte-americanos baseados na Europa se adaptam para lidar com os atuais desafios estratégicos, incluindo as operações militares da Rússia na Ucrânia, a chegada de refugiados da Síria e o radicalismo islâmico.

O exército dos EUA e a Otan se esforçam para melhorar sua capacidade de responder rapidamente às ameaças, posicionando antecipadamente suprimentos e equipamentos em toda a Europa, enquanto aprimoram aeródromos e outras infraestruturas após anos de negligência.

"Nós também aumentaremos o alcance e a complexidade de muitos exercícios, focando na interoperabilidade, defesa de mísseis e operações de resposta à crise", disse Ray.

Os exércitos norte-americano e polonês estão se preparando para um grande exercício "coletivo" ao fim de janeiro.

Autoridades dos EUA disseram que os exercícios militares deste ano vão focar em uma melhor integração de componentes e domínios militares díspares, ao invés de se concentrarem em áreas de preocupação únicas, como a superioridade aérea, como fizeram no passado.

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