segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

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Via-Láctea
Buraco negro pode estar prestes a estraçalhar e consumir uma nuvem de gás e poeira do tamanho de um planeta

Eso


Representação artística do centro da galáxia mostra uma bolha de gás (em vermelho) se alongando em direção a um encontro com o supermaciço buraco negro da Via Láctea, em 2013.
Todos nós, não só os astrônomos, temos um fascínio evidente pelo que acontece quando a matéria é sugada para as entranhas de um buraco negro. Até agora, assistimos de camarote como estes trituradores de lixo cósmico agem na Via Láctea e em galáxias distantes. Mas, pela primeira vez, parece que conseguimos assentos na primeira fila, atrás do buraco da orquestra.
Nos próximos anos, o enorme buraco negro no centro da nossa galáxia destroçará e consumirá uma nuvem de gás e poeira com a massa de um planeta pequeno.

Em cerca de 18 meses, o objeto recém-descoberto se aproximará do orifício cósmico no centro da nossa Via Láctea. Sua órbita irá transportá-lo para quase 36 horas-luz do buraco negro, cerca de duas vezes a distância que agora separa a nave Voyager 1, da NASA, do Sol.

É quando as coisas podem ficar interessantes. Um grupo de astrônomos relata, em estudo publicado on-line em 14 dezembro, pela Nature, que o buraco negro deve estraçalhar a nuvem de gás e puxá-la para dentro, produzindo um aumento detectável de emissões de raios-x conforme o gás se comprime e aquece. Dependendo de como a nuvem se desfaz, o buraco negro pode se alimentar dela pelos próximos anos, aumentando de forma significativa o brilho tênue que emana de sua borda, seu horizonte de eventos, e proporcionando uma visão única de sua digestão para os astrofísicos.

“Na verdade, nunca vimos antes algum buraco negro no universo se alimentando”, relata o coautor Stefan Gillessen, astrônomo do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, em Garching, Alemanha. “Agora temos a chance de assistir algo caindo dentro.” Gillessen e seus colegas identificaram o objeto e determinaram sua trajetória usando o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, no Chile.
Scientific American Brasil

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