segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Somália devastada

Mogadíscio é o centro de um país dominado por piratas e terroristas. Ao norte, porém, a região separatista da Somalilândia é estável e pacífica. Como se explica essa tragédia?
Oculto no pátio de sua casa, um vendedor de rua que aderiu à milícia islâmica Al-Shabaab exibe sua arma. A milícia vem combatendo o recém-formado governo de transição com assassinatos a bala, atentados com granadas e bombas improvisadas - e assim já controla a maior parte do sul da Somália.
Foto de Pascal Maitre
Em alta velocidade, uma caminhonete com soldados do Governo Federal de Transição (GFT) quase atropela as mulheres que fazem a limpeza de uma rua na capital. Em meio à turbulência generalizada, os somalis mal se lembram de como é a vida sob um governo estável.
Foto de Pascal Maitre

Ruínas dão testemunho dos combates que devastaram a capital no início da década de 1990, mergulhando no caos a cidade e o país.
Foto de Pascal Maitre

No frio da noite, milhares de cabras e ovelhas são colocadas em um navio no porto de Berbera, na Somalilândia. A economia da Somália tradicionalmente dependia de exportações assim. A guerra no sul e preocupações com doenças dos rebanhos periodicamente detêm o comércio. Mas com a estabilidade na Somalilândia e com um centro de quarentena que opera em Djibuti, as exportações foram retomadas. Quase dois milhões de animais saíram da Somalilândia no ano passado.
Foto de Pascal Maitre
Ao se registrar para votar na próxima eleição presidencial da Somalilândia, a digital de um homem em Hargeysa é escaneada, em dezembro de 2008. Originalmente planejada para março de 2009, a votação foi adiada duas vezes, mas agora está marcada para setembro. Apesar de a Somalilândia ainda não ter sido reconhecida oficialmente como nação independente, um punhado de países europeus e os EUA doaram três quartos do custo da eleição - incluindo fundos que pagaram por este equipamento de computador - para incentivar a democracia na região. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Cobertos de farinha, operários em Berbera contam o salário. Por descarregar sacas de um caminhão e colocá-las em um armazém no principal porto da Somalilândia, eles receberam o equivalente a cerca de US$ 3 cada um. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
O guarda Abdi Hassan olha pela porta da prisão de segurança máxima em Mandhera, onde trabalha há 35 anos. Certa vez, Hassan vigiou presos que eram oponentes do ditador Mohamed Siad Barre, cujo regime foi derrubado em 1991. Hoje ele guarda um punhado de piratas e outros prisioneiros mandados para o local pelo governo da República da Somalilândia separatista. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Fardos de qat recém-chegados do Quênia serão entregues por caminhão para vendedores perto de Mogadíscio. Cerca de dez aviões chegam todos os dias com carregamentos dessas folhas, alimentando um vício que, segundo estimativas, faz os residentes gastarem entre US$ 250 mil e US$ 300 mil todos os dias. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre

Turistas europeus costumavam nadar na piscina atrás do Uruba, que já foi um dos melhores hotéis de Mogadíscio. Mas os visitantes pararam de chegar no final da década de 1980, depois que a guerra civil irrompeu no norte da Somália. No início da década de 1990, o Uruba, assim como boa parte de Mogadíscio, foi reduzido a ruínas. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Um guarda com uma arma automática espera no carro com o fotógrafo Pascal Maitre durante uma troca de câmbio no centro de Mogadíscio. Qualquer estrangeiro corre o risco de ser morto ou seqüestrado. Maitre precisava da companhia de seguranças armados toda vez que deixava o hotel. Mesmo com os guardas, Maitre não podia ficar muito tempo no mesmo lugar. Segundo o fotógrafo, os residentes de Mogadíscio o avisavam quando estava há muito tempo em um local e começava a correr perigo: "As pessoas sentiam muito, mas me mandavam embora". Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Um guarda com uma arma automática espera no carro com o fotógrafo Pascal Maitre durante uma troca de câmbio no centro de Mogadíscio. Qualquer estrangeiro corre o risco de ser morto ou seqüestrado. Maitre precisava da companhia de seguranças armados toda vez que deixava o hotel. Mesmo com os guardas, Maitre não podia ficar muito tempo no mesmo lugar. Segundo o fotógrafo, os residentes de Mogadíscio o avisavam quando estava há muito tempo em um local e começava a correr perigo: "As pessoas sentiam muito, mas me mandavam embora". Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Reconstruída após ter sido arrasada com bombas, no fim da década de 1980, pelo ditador Mohamed Siad Barre, Hargeysa hoje testemunha um surto de novas construções - com hotéis como o City Center -, financiadas sobretudo por expatriados que voltaram ao país. Os especialistas, porém, temem que os extremistas islâmicos estejam se infiltrando na Somalilândia: em outubro de 2008, atentados a bomba realizados por militantes suicidas ocorreram em vários pontos da capital. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Funcionários do Banco Central examinam notas novas de xelim da Somalilândia, uma moeda própria criada em 1994, poucos anos depois de a região se separar da caótica Somália meridional. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
O governo da Somalilândia conseguiu reprimir com êxito os piratas, graças a severas penas de encarceramento. No ano passado, as autoridades prenderam um bando liderado por Farah Ismail Eid (à esquerda na foto), que agora cumpre uma sentença de 15 anos na prisão Mandhera. Leia a reportagem completa
Foto de Pascal Maitre
Moradores de um vilarejo na separatista República da Somalilândia levam cabras até um barco para que sejam exportadas. Centenas de quilômetros separam essa antiga colônia britânica da turbulenta Somália meridional. Sem reconhecimento internacional e com pouca ajuda externa, os líderes da Somalilândia estabeleceram um governo operacional e estável.
Foto de Pascal Maitre
Perto das ruínas do antigo Parlamento, um policial desempregado organiza o tráfego em troca de gorjetas. "Ele anseia tanto pela estabilidade", diz o jornalista somali Harun Hassan. "É algo emocionante."
Foto de Pascal Maitre
Muitos dos 750 mil habitantes que restaram estão entre os mais pobres, como esta mulher e seu bebê abrigados em um dos centros de alimentação. Sem emprego e sem casa, muitos só conseguem sobreviver graças à ajuda humanitária.
Foto de Pascal Maitre
Ferido por estilhaços de morteiro, um homem junta-se às dezenas de vítimas que chegam todos os dias ao Hospital Medina. Desde o início de 2007, Mogadíscio perdeu mais da metade de sua população à medida que os civis fogem dos embates entre o governo e os rebeldes.
Foto de Pascal Maitre
Na praia, as crianças ainda brincam e os pescadores ancoram seus barcos, mas os prédios de hotéis arruinados permanecem vazios.
Foto de Pascal Maitre
Repleto de carvão vegetal, produzido à custa das florestas cada vez menores no sul da Somália, um caminhão em frangalhos segue para o porto de Mogadíscio. Dali o carvão será enviado a países do golfo Pérsico, como a Arábia Saudita.
Foto de Pascal Maitre
Na calma enganosa de um farol abandonado, jovens mascam o qat, estimulante leve que os ajuda a enfrentar as agruras da vida em Mogadíscio. Dez aviões cheios da droga pousam todo dia em um aeroporto próximo.
Foto de Pascal Maitre
Revista National Geographic Brasil

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