domingo, 9 de janeiro de 2011

Cinco desafios à vida na Terra - 4

Petróleo
A cada dia, mais perto do fim

Equipe Planeta

Foto: Thila Gon Yee
Água suja : Além de a água ser mal distribuída no planeta, a pouluição das fontes naturais ajuda a diminuir os recursos hídricos disponíveis. Diante do problema para sobreviver, muitas pessoas têm de usar água suja.

As reservas mundiais de petróleo conhecidas vão se esgotar dentro em breve. Ao mesmo tempo em que o consumo mundial aumenta sem parar, descobre-se que as reservas mundiais são bem menores do que se esperava. Segundo geólogos e especialistas da indústria petrolífera, de todos os problemas que o planeta enfrenta, este é o maior e o mais complicado.

O consenso é geral: até o ano de 2015, as reservas mundiais de petróleo não serão mais suficientes para atender a demanda. Os poços e os campos de hidrocarbonetos ficarão vazios, um após o outro, num processo que, em poucas décadas, transformará as atuais bombas de gasolina em simples memórias do passado. A previsão não vem de militantes ecologistas, nem de defensores da opção nuclear que desejam ver o mundo todo semeado de usinas atômicas. Essa teoria, conhecida pelo nome de peak oil (ápice do óleo) foi elaborada por altos integrantes da indústria petrolífera. Eles afirmam que o fim do petróleo não é para depois de amanhã: é para amanhã.

A exploração industrial do petróleo começou na metade dos anos 40, logo após o final da Segunda Grande Guerra. Hoje, a Agência Internacional de Energia informa que mais de 80 milhões de barris diários são consumidos (dados de 2004). A mesma fonte prevê que, até 2030, a demanda aumentará 50%, ou seja, 120 milhões de barris diários.

Diante disso, quais são as reservas mundiais de petróleo, e quanto tempo ainda poderemos viver nesse frenético ritmo de consumo do ouro negro? A Federação Petrolífera da Bélgica estima que elas se aproximam dos 172 bilhões de barris. Se o cálculo estiver correto, poderemos viver ainda 50 anos ao ritmo da produção atual. Mas o problema é que essas cifras são puramente especulativas, baseadas em reservas que ainda não foram descobertas, “mas das quais se suspeita a existência”.
Incertezas do gênero levam os países exportadores a mudar, de maneira muito aleatória, o montante de suas reservas, criando grande dúvidas quanto ao número real de barris que ainda existem em seus subsolos. ”

REVISTA PLANETA
EDIÇÃO 408

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